segunda-feira, 2 de abril de 2012

Escola no Portal da Prefeitura

'Leitura em Campo' traz formação a educadores e distribui 75 mil livros

Reportagem: Ingrid Vogl

Fotos: Rogério Capela

Formar e valorizar professores e levar mais conhecimento para as crianças. É isso que o projeto Leitura em Campo oferece para a comunidade escolar das unidades municipais de Campinas, com a realização de uma oficina e premiação para os educadores. Além disso, haverá a distribuição de 75 mil exemplares de três livros para as escolas e alunos prioritariamente dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e educação infantil.

O projeto é realizado pela Fundação Educar DPaschoal e Monsanto com o objetivo de reconhecer o educador que tem potencial- de maneira criativa e inovadora- de influenciar a vida dos alunos por meio da contação de histórias.

A primeira etapa do projeto aconteceu no Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional (Cefortepe) no dia 17 de março, com a realização da Oficina de Contação de História para 32 professores dos anos iniciais do ensino fundamental.

A segunda etapa do projeto já está em andamento, e prevê a distribuição de 75 mil livros nas Emefs, que serão distribuídos entre os alunos. Os exemplares também permanecerão no acervo das bibliotecas escolares.

Os exemplares distribuídos são de três livros: "A gritadeira", "O livro que não tinha fim" e "A semente da verdade'. As publicações abordam a ética, honestidade e responsabilidade social.


Leitura em Campo


A última etapa do projeto é a realização do Prêmio Leitura em Campo, que será destinado a educadores das redes municipais de Campinas, Uberaba, Uberlândia e Salvador que participaram das oficinas sobre contação de história.

O objetivo do Prêmio é sensibilizar, motivar, fomentar e valorizar os projetos de professores que promovem a leitura por meio de criativas contações de histórias em sala de aula. O prêmio será concedido aos três educadores/contadores de histórias mais criativos de cada uma das cidades que participam da premiação.

Os professores que participaram da oficina e interessados em participar do Prêmio tem até o dia 30 de maio para realizar a inscrição pelo site:
www.alemdoencantamento.org.br . Todas as informações sobre o projeto e o prêmio Leitura em Campo estão no mesmo endereço eletrônico. A data do evento que revelará os vencedores ainda não foi divulgada pela equipe do projeto.

A premiação para os três primeiros colocados é a seguinte: 1 notebook e 1 mala com recursos para contações de história para o educador e 1 acervo bibliográfico no valor de R$ 1,4 mil para a escola (1º lugar). Para o segundo colocado, o prêmio é 1 máquina fotográfica e 1 mala com recursos para contações de história, além do acervo bibliográfico no valor de R$1,4 mil. O terceiro colocado conquistará 1 mala com recursos de contações de história e a escola, um acerbo bibliográfico no valor de R$ 1,4 mil.


Leitura na escola


Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dr. João Alves dos Santos, a doação dos livros tem tudo a ver com o projeto pedagógico da escola, que esse ano desenvolve o tema Gentileza gera gentizela.

Entre os vários projetos que a escola pretende desenvolver este ano, estão a ampliação da biblioteca e a transformação do quiosque em um espaço de leitura e contação de histórias para os alunos, que já começa a se caracterizar com painéis feitos por alunos e professores. A escola valoriza e incentiva a leitura entre os alunos, e cada turma tem seu "momento biblioteca", onde podem escolher, trocar livros e levá-los para casa.

Para a diretora da Emef, Márcia Maria Gomes, as parcerias são muito bem vindas para a escola, principalmente as que envolvem livros paradidáticos. "O aluno aprende lendo", diz.

"Para as crianças, o livro é como uma ferramenta de acesso ao mundo, e quem mostra isso a eles são os professores, os pais". Com clareza, a professora adjunta Sandra Regina Ventilii resume a importância da leitura para os alunos.

Ela foi uma das educadoras que participou da oficina de contação de histórias, e já é uma veterana na arte de apresentar histórias fantásticas aos alunos. Mesmo antes de se tornar funcionária da Secretaria Municipal de Educação, Sandra já contava histórias na Emef Dr. João Alves dos Santos, como voluntária de uma ONG em 2007.

"Já comecei a trabalhar com o livro "A gritadeira"( um dos livros doados) com os alunos do 3ºano B e minha ideia é explorar os três livros da coleção e ampliar para outros contos e histórias", conta a professora. Para ela, a contação de histórias deve encantar as crianças, e os resultados vão muito além do interesse dos alunos pela leitura e o desenvolvimento da interpretação e da escrita.

Sobre a participação na oficina, Sandra chegou à suas conclusões. "Encontros como esse ajudam a estimular o trabalho entre os educadores e despertam a criatividade e as possibilidades que podem ser exploradas com a contação de histórias. "Hoje em dia a impressão é que os livros estão sendo deixados de lado. Projetos assim são um fomento para a leitura", analisa.

Para as crianças da turma do 2º ano da Emef, a leitura ainda é uma novidade a ser explorada e que desperta curiosidade dentro e fora da sala de aula. Já no pátio da escola, com uma maçã nas mãos e o pensamento no livro que folheou na classe, Fátima Letícia da Cruz, 7 anos, tenta adivinhar qual é a história de "A gritadeira" e fica ansiosa pela leitura.

A amiga Tainá Cristina Correia Santos, também de 7 anos, cita os livros que já foram lidos pela professora e por ela. "João e Maria, A menina de leite...". E com toda a sabedoria infantil, enfatiza – com seus grande olhos e a voz pausada- a importância da leitura, pensando já no futuro. "Os livros são importantes para saber ler e escrever, para fazer faculdade e poder trabalhar", diz.

Cada uma das Emefs municipais planejará a entrega dos livros aos alunos. Na Emef Dr. João Alves dos Santos, uma cerimônia para a entrega dos exemplares está prevista para a próxima semana.




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