segunda-feira, 27 de julho de 2015

Caminho na Arte, vivências, ações, projetos

Nesta exposição fotográfica você poderá conhecer algumas das atividades desenvolvidas na disciplina de ARTE com as turmas do 6ºA, 6ºB, 6ºC e 7ºA ao longo do primeiro semestre de 2015. Na seleção das fotos procurei destacar o caráter lúdico e criativo de nossos encontros, nos quais valorizei a expressão singular de cada aluno em sua relação com os materiais, com o espaço escolar e com os próprios colegas.



Acredito que para despertar nossos estados mais sutis e criativos é preciso criar um ambiente de comunhão, acolhimento e liberdade, no qual o ritmo e a disposição de cada um são respeitados. Trata-se de criar espaço para que a brincadeira ganhe seus contornos como forma potente de expressão autônoma.

Minha proposta é o rompimento com a lógica de uma sociedade que, incessantemente, direciona seus esforços para a produtividade e reduz o indivíduo aos seus méritos e competências.

Meu olhar, por sua vez, está atento às disposições preliminares de cada aluno, suas estórias, seus gostos, de forma a criar abertura para a plenitude do gesto nas margens de insuspeitadas experiências.





Trazer à prática em sala de aula esses princípios revela meu posicionamento diante da vida, pois confio acima de tudo na experiência transformadora que a arte é capaz de operar, bem como na escola como logradouro necessário dessa urgente transformação.

O Projeto Casinha, por exemplo, desvela o lugar pulsivo de um imaginário possível dentro da escola e a fantasiosa mente da criança que constrói seu próprio mundo e transforma a realidade à sua volta enquanto brinca.



Como porta de entrada para a exposição que se segue, na qual veremos os corpos brincantes dos alunos da EMEF Dr. João Alves dos Santos.

Convido-os à leitura deste poema que escrevi na tentativa de capturar uma pequena faísca do que vem a ser esse mistério assombroso e fascinante: o ser humano.

"Eu caminhava sobre a areia da praia
mas não era eu quem dava aqueles passos
não era eu quem vertia aquelas lágrimas
era alguém
Alguém caminhava na areia da praia
sem olhar o mar
não cabia encarar tanta imensidão.
Alguém não olhava o mar
olhava os grãos de areia sob seus pés descalços
e se assombrava ao reconhecer no ínfimo grão
a mesma e exata infinitude impalpável
daquele oceano eterno"

Na exposição, que nossos olhos se demorem e, num canto essencial, possam repousar.

Luis Fernando Pasquarelli

Professor de Arte

Nenhum comentário:

Postar um comentário